Cordão de Histórias

Como surgiu o Cordão de Histórias

Fazendo uma alusão ao termo cordel, simbolizando a literatura tradicional antiga dos folhetos ora divulgados oralmente pelos trovadores, ora dependurados em cordões ou circulados em folhas volantes, a autora Josy Maria faz uma licença poética embebida de musicalidade, definindo deste modo a criação do título e o surgimento do encontro internacional de contadores de histórias do Ceará:
“No princípio, Deus criou o cordão e, viu que era bom para sustentar toda a criação. Quando a gente se cria dentro da mãe da gente. Quando parece semente “abuletado” no bucho, somos um cordão, que do umbigo da mãe se espalha e se estende. Até se formar, até se afeiçoar e nascer de repente. Então o médico corta o cordão, para que se faça neste novo mundo, nova criação... Nos acordoamos no pai, na mãe, acordoamo-nos no chão, para aprender a andar, acordoamo-nos na mão de quem ensinar a caminhar. Cordão de braços e abraços, das trilhas do trem, dos poros da pele. Cordão invisível das ondas do mar: s'imbora cirandar, porque até o amor é como uma corda! Eu sei porque ele roda, num cordão de vento suspenso no ar!" (Josy Maria)


Arte: Eurico Bivar

O III CORDÃO DE HISTÓRIAS – Encontro Internacional de Contadores de Histórias é um encontro de narradores de países da América Latina e África que busca promover a leitura através da prática da performance na arte narrativa. Nele, a arte de contar histórias, inserida tradicionalmente na cultura oral dos povos latino-americanos e africanos, inclui as manifestações brasileiras com foco na literatura oral e escrita nordestina em diálogo com a literatura de cordel.


Canção Cordão de Histórias:
"Cordão, corda, cordel, cordão humano: circulo, roda, ciranda, tudo que gira, corda de pano! Tudo que acorda. Corda de gente. Cordão de corda, simplesmente. Cordão das veias, o meu repente: cordão do umbigo da gente”
(Josy Maria)

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